ABSTRACT
Introduction Osteoradionecrosis (ORN) is a side effect after head and neck radiotherapy (RT) that is difficult to control. Antimicrobial photodynamic therapy (aPDT) promotes bacterial lysis through photosensitization, aiming at stimulating the affected area, promoting healing of the oral mucosa. Methods We performed a retrospective cohort analysis of patients with head and neck cancer, treated with RT, who developed ORN after RT and who underwent the treatment with aPDT concomitant with irrigation with 0.12% chlorhexidine digluconate and surgical debridement. Results Thirty-six patients who had lesions by ORN in the mandible or maxilla, with a mean development time of 30.9 months, were included. Of them, 77.8% were male, with a median age of 58 years. All of them were diagnosed with malignant neoplasms of oral cavity and oropharyx that received local RT as part of cancer treatment. In 22 patients, chemotherapy was used as part of the treatment. The main etiologie of ORN was prosthetic trauma (61.2%). All patients underwent the proposed protocol and 75% of patients were successful in treatment with total healing of the affected area and presented with no symptoms. Conclusions The protocol used suggests successful healing of the area in 75% of cases. The others suffered some complication of the ORN, such as pathological fracture, oro-cutaneous fistula and bucosinusal fistula and 16.6% patients treatment were affected by the COVID-19 pandemic and had the continuity of treatment impaired, still maintaining, a chronic ORN.
ABSTRACT
A mucormicose é uma infecção rara, porém altamente invasiva, causada por fungo da classe dos zigomicetos, ordem Mucorales e Entomophtorales. É causada por patógenos oportunistas e está associada às doenças hematológicas devido ao imunocomprometimento. Possui um curso clínico fulminante e grave, devido ao rápido crescimento do fungo e a destruição de tecidos adjacentes, demandando diagnóstico precoce e tratamento clínico/cirúrgico breve. A mucormicose na forma rinocerebroorbitária é associada à piores prognósticos e quase que exclusivamente observadas em pacientes imunocomprometidos. Neste relato de caso, uma paciente do gênero feminino de 53 anos com diagnóstico de LMA secundária à SMD, tratada com daunorrubicina e citarabina, foi internada no setor de hematologia com edema de face, neutropenia febril e leve parestesia em hemiface esquerda, sendo posteriormente diagnosticada como sinusite e celulite periorbitária, com drenagem de secreção pela rinofaringe e orofaringe. Em maio de 2021, paciente foi diagnosticada com mucormicose em região periorbitária, acometendo também cavidade nasal e seio maxilar esquerdo. Apresentou leucograma de 1510 leucócitos sendo 408 neutrófilos em sangue periférico. Durante a avaliação odontológica foi visualizado pequeno nódulo de consistência fibrosa, de aproximadamente 0,1cm de extensão, de coloração amarelada, na região de gengiva inserida do primeiro pré-molar superior esquerdo, quando foi sugerido e realizado uma radiografia panorâmica e tomografia computadorizada de feixe cônico para definir a extensão da lesão. Foi realizada cultura sugerindo diagnóstico de infecção fúngica compatível com mucormicose. Foi iniciado o tratamento com Isavuconazol e Levofloxacino. A paciente evoluiu para óbito decorrente de síndrome respiratória aguda grave-Covid-19. Conclui-se que a abordagem multiprofissional no diagnóstico dos pacientes com doenças onco-hematológicas faz-se necessário para instituir o correto tratamento e acompanhamento das doenças.